Governo do Distrito Federal
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13/06/22 às 9h11 - Atualizado em 13/06/22 às 17h44

Formadores da EAPE visitam laboratório móvel de informática

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Reportagem: Jacqueline Pontevedra | Revisão de Texto: Alzira Neves

Kit de Chromebook. Foto: Daniel Fama – GITEAD/EAPE

 

Para elaborar propostas de formação, 14 profissionais que atuam na Gerência de Inovação, Tecnologia e Educação à Distância (GITEAD) da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (EAPE) realizaram uma visita técnico-pedagógica para conhecer o laboratório móvel de informática do Centro de Ensino Médio Elefante Branco. O laboratório conta com 30 Chromebooks armazenados em um carrinho de recarga. Além desses equipamentos, há também um kit de sala de vídeo com projetor, caixa de som, um computador e um roteador.

 

“Além de conhecer a estrutura e os equipamentos do laboratório, nossa visita tem por objetivo estabelecer um diálogo com os gestores e professores regentes para que possamos, a partir das necessidades e das propostas sugeridas, elaborar uma formação continuada que se adéque à realidade da escola e que também apresente possibilidades para a realização de aulas inovadoras”, explicou o gerente da GITEAD, João Rocha.

 

A proposta pedagógica inicial é que os professores planejem aulas específicas e levem o carrinho ou o kit de vídeo para as salas. Dessa forma, os estudantes vão utilizar os Chromebooks para realizar as atividades ou poderão participar da exibição de filmes ou vídeos para o estudo da linguagem audiovisual, para analisar as obras ou para outros fins didáticos.

 

Diretor Ivan Barros do CEMEB – Centro de Ensino Médio Elefante Branco Kit de Chromebook. Foto: Daniel Fama – GITEAD/EAPE

Para realizar as aulas com esses equipamentos, os professores fazem uma solicitação, junto ao responsável pela Sala de Recursos Tecnológicos da escola, para agendar o dia e o horário para a utilização – sempre no contraturno escolar. Além de conhecer os chromebooks, os formadores da EAPE ouviram as demandas apresentadas pelo diretor do CEM Elefante Branco, Ivan Barros.

 

De acordo com Ivan, no momento, há 90 professores regentes para atender 1.550 estudantes matriculados. “Hoje temos uma boa conexão de internet e o grande desafio é promover ações pedagógicas para que os estudantes compreendam a importância do uso adequado, consciente e crítico da tecnologia. A familiaridade dos jovens com a tecnologia não os torna habilitados para compreender e usar de modo eficiente o conhecimento disponível na internet. E os professores têm nesse laboratório móvel uma grande possibilidade para desenvolver trabalhos, pesquisas e produzir conhecimento. O Chromebook é uma ferramenta dinâmica e eficiente que permite aos alunos ter acesso a diferentes conteúdos e também a serem desenvolvedores, produtores de conteúdo. É a escola pública sendo aparelhada para experienciar o novo dentro de sala de aula e nós sabemos que, para muitos estudantes, o acesso à tecnologia da informação ainda ocorre apenas na escola”, explicou Ivan.

 

É importante ressaltar que o papel do professor diante das novas tecnologias é mais do que ensinar, é ser mediador do processo de ensino e de aprendizagem. Ele deve possibilitar aos estudantes acesso aos recursos, acompanhando-os, monitorando e viabilizando a discussão, a troca de ideias e experiências para aquisição de conhecimento. “Temos que compreender que nem todos os professores estão preparados para desenvolver trabalhos que incluam os diferentes recursos tecnológicos para ampliar a prática pedagógica, dinamizar e tornar mais eficiente e atrativo o processo de ensino e de aprendizagem de temas diversos”, ressaltou o diretor.

 

O diálogo entre os gestores, os professores e os diferentes profissionais da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação e também da Subsecretaria de Educação Básica é fundamental para a proposição de diferentes ações de formação continuada. “A visita e a escuta ativa dos formadores da EAPE permitiu que eles compreendessem as principais demandas, as fragilidades e também as potencialidades das nossas ações pedagógicas e isso é importante, pois vai permitir a elaboração de formações que atendam as especificidades da nossa unidade escolar”, concluiu o diretor Ivan.

 

Para realizar um trabalho adequado às necessidades do CEM Elefante Branco e de outras unidades escolares, de acordo com o formador da GITEAD/EAPE, Tadeu Maia, um planejamento específico foi elaborado para que gestores e professores participem da proposta de formação continuada que foi elaborada. Com a metodologia Rotações por Estações de Aprendizagem, diferentes eixos serão trabalhados: Criatividade/Inovação, Cinema e Debate, Recursos Digitais na Educação, Gamificação na Educação, Recursos Audiovisuais, Aprendizagem baseada em Projetos e Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): Moodle.

 

Quem exemplifica como podem ser realizadas atividades pedagógicas a partir do laboratório de informática móvel é o professor de matemática, Leandro Nogueira. Há 4 anos como formador da EAPE, ele ministra o curso Recursos Digitais na Educação e vai atuar no eixo Gamificação na Educação. “Com certeza, o tema gamificação é uma das formações possíveis. Com os Chromebooks, é possível criar atividades em plataformas muito conhecidas como Kahoot, Quizizz, Wordwall e Genially. Essa última eu gosto muito e os estudantes acham o máximo quando o professor utiliza! Enfim, com os equipamentos do laboratório móvel, é possível explorar uma gama enorme de recursos digitais e quem ganha são os alunos, pois eles terão aulas engajadoras e motivadoras”.

 

Formadores da EAPE João Rafael e Leandro Teles. Foto: Daniel Fama – GITEAD/EAPE

Ainda de acordo com Leandro, o laboratório móvel se torna um recurso muito valioso na escola. “O próprio nome diz… móvel, ou seja, é uma estrutura que pode ser utilizada em qualquer ambiente da escola. Por exemplo, se tiver uma gincana na escola e os professores decidirem produzir uma atividade gamificada, os alunos poderão participar dessa atividade usando os Chromebooks no pátio da escola ou na quadra”, explicou.

 

 

Programa Escola que Queremos

 

Kit de Notebook Chromebook. Foto: Daniel Fama – GITEAD/EAPE

Além do CEM Elefante Branco, 41 escolas da Secretaria de Educação do Distrito Federal receberam os laboratórios móveis de informática. De acordo com informações divulgadas pela Assessoria de Comunicação da Secretaria de Educação, os equipamentos do laboratório móvel de informática são novos e valem R$ 3,9 milhões.

 

O projeto faz parte de um acordo firmado entre a Inframerica (concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Brasília) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Trata-se de uma contrapartida de empréstimos realizados pelas obras de expansão do terminal aéreo. Na Secretaria de Educação, as doações ocorreram pelo Programa Escola que Queremos, que busca parceiros que possam contribuir  para a melhoria das unidades escolares da rede pública. Em 2021, foi assinado o termo de doação.

 

 

 

O que é um Chromebook?

 

Diretor Ivan Barros apresentando os kits de Chromebook para a equipe da GITEAD. Foto: Daniel Fama – GITEAD/EAPE

Chromebook é um notebook um pouco diferente dos mais tradicionais. Ele normalmente é bem mais fino e leve, não utiliza o sistema operacional Windows e traz uma proposta diferente por causa da maior integração com os serviços e aplicativos da Google. Esse tipo de laptop é configurado com o sistema operacional Chrome OS, que funciona como uma espécie de Google Chrome mais completo e amplo. Isso faz com que o Chromebook seja mais rápido, leve e fácil de usar do que um computador comum, mas limitado, pois tem menos espaço de armazenamento e não oferece opções de aplicativos. O equipamento é mais barato, por isso é mais acessível para quem não pode comprar um notebook.

 

 

 

Laboratório físico

 

Laboratório de Informática do CEMEB. Foto: Daniel Fama – GITEAD/EAPE

Além do laboratório móvel, o Centro de Ensino Médio Elefante Branco também possui um laboratório físico que contém 40 computadores. De acordo com o diretor Ivan, alguns foram doados e outros foram adquiridos com recursos da própria escola. “A montagem do espaço foi de extrema importância, foi um sonho alcançado quando se trata de tecnologia ativa aplicada à educação. Os estudantes, quando vão ao laboratório, a gente percebe o encantamento para aprofundar o conhecimento. Eles saem da rede social do cotidiano e experimentam uma abordagem inovadora feita pelos professores. A gente ainda precisa aperfeiçoar mais as máquinas, mas o laboratório está em pleno uso”, enfatizou Ivan.

 

 

Novo Ensino Médio

 

Agora em 2022, o Novo Ensino Médio é implementado nas 93 escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal que oferecem essa etapa. A proposta é que seja desenvolvido um modelo de aprendizagem que atenda às necessidades e expectativas dos estudantes e que fortaleça o protagonismo juvenil.

 

Com a entrega dos laboratórios de informática móveis, outras possibilidades de ensino e de aprendizagem podem ocorrer com os estudantes da primeira série do Novo Ensino Médio. “Com a implementação dessa nova proposta administrativo-pedagógica, apesar das dificuldades encontradas nesse primeiro momento, nós percebemos que esse novo modelo oferece aos estudantes um potencial para crescimento efetivo, principalmente um enriquecimento curricular com as eletivas orientadas. E, nesse contexto, a formação continuada dos professores é importantíssima e necessária, pois eles agora já atuam em outras frentes, não apenas na regência de classe”, destacou Ivo.

 

As eletivas orientadas são unidades curriculares que complementam a formação do estudante com experiências enriquecedoras e conhecimentos específicos. Elas também visam dar mais autonomia e protagonismo ao estudante, pois ele pode escolher qual eletiva deseja cursar – de acordo com o seu projeto de vida e suas afinidades.

 

O Novo Ensino Médio é uma política pública nacional, prevista e aprovada pela Lei nº 13.415, de 2017. As mudanças vão começar na primeira série dessa etapa de ensino em todas as escolas do país.

 

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